sexta-feira, 5 de abril de 2013

A História da Tabela Periódica


A História da Tabela Periódica



   Na história da tabela periódica, um dos esforços mais antigos, no sentido de se encontrar uma relação no comportamento dos elementos, resultou na identificação e na reunião de elementos com propriedades semelhantes em grupos de três, denominados tríades. Nessas tríades, a massa atômica de um elemento era aproximadamente a média aritmética dos pesos atômicos dos outros dois. Isto foi proposto pelo químico alemão J.W. Döbereiner, em 1829.
Vejamos algumas tríades.


Lítio - Sódio - Potássio 
Cloro - Bromo - lodo

Em 1862, A. E. de Chancourtois ordenou os valores de massas atômicas ao longo de linhas es­pirais traçadas nas paredes de um cilindro, origi­nando o parafuso telúrico, em que os elementos com propriedades semelhantes estavam reunidos numa mesma linha vertical.
Parafuso telúrico - uma das primeiras classificações periódicas
ParafusoTelúrico de Chancourtois.
Em 1866, J. A. R. Newlands fez um arranjo dos elementos denominado lei das oitavas, por­que, a partir de um dado elemento, o oitavo é uma espécie de repetição do primeiro, ou seja, o primeiro e o oitavo elementos teriam proprieda­des semelhantes.

Lei das oitavas - uma das primeiras tabelas periódicas

Em 1869, Lothar Meyer e Dimitri Ivanovich Mendeleev, independentemente, criaram tabelas periódicas dos elementos (semelhantes à atual) onde os elementos eram dispostos em ordem crescente de massas atômicas. Essas tabelas fo­ram criadas quando se conheciam apenas 63 ele­mentos químicos.
Mendeleev organizou os elementos em linhas horizontais, chamadas períodos, e em linhas ver­ticais, denominadas grupos, contendo estes ele­mentos com propriedades semelhantes.
Tabela periódica de Mendelev
Nessa tabela, pode-se observar a existência de lacunas referentes a elementos não conhecidos, e de asteriscos (*), elementos que foram previstos por Mendeleev.
   A classificação periódica elaborada por Mendeleev foi utilizada até 1913, quando Moseley verificou que as propriedades dos elementos eram dadas pela sua carga nuclear (número atômico - Z). Com esta descoberta foi possível corrigir algumas anoma­lias observadas por Mendeleev.

Tabela periódica atual: Os elementos são agrupados em ordem crescente de número atômico (Z), observando-se a repetição periódica de muitas de suas propriedades.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Por que Novo Alquimista?


A química como ciência remonta ao Iluminismo.

Como aprendemos ao iniciarmos o estudo da história da química foram com os trabalhos dos alquimistas populares que essa ciência teve sua gênese, evoluindo ao longo dos séculos até se transformar em uma área do conhecimento dotada do rigor científico moderno proposto por René Descartes. Desde os estudos dos primeiros filósofos temos visto um interesse pela transformação da matéria, pelas substâncias, nas próprias teorias cosmogônicas há a presença dos elementos naturais como ar, fogo, água, terra, e nas teorias subsequentes também encontramos a partícula indivisível de Leucipo e Demócrito, o átomo. Os alquimistas eram estudiosos místicos que tinham como principal estudo o da pedra filosofal, capaz de transformar metais em ouro, e o elixir da longa vida, a poção da imortalidade, e daí saíram as primeiras contribuições para a química como ciência no século XVIII.
O Alquimista era, portanto, uma espécie de químico imperfeito, sem o caráter científico e matemático que caracteriza a ciência, sem o método verificável, experimental e lógico dos estudos científicos. O Novo Alquimista é um químico de formação ampla que agrega a psicologia, os fenômenos químicos estão presentes no cérebro, na atividade neural, estão associados ao pensamento, à psique, e também a linguagem, as letras, a transformação da ideia em som, em texto oral ou escrito, a articulação da mensagem e a criação do processo comunicacional. Este seria o Novo Alquimista, não um mago, um místico, mas um homem que tem na química, na psicologia e nas letras os saberes necessários para entender as transformações das substâncias e os fenômenos de ordem orgânica, nos quais estão os elementos, a matéria, a energia e o a constante mudança. 

 Tudo se transforma, História da Química, Alquimia